sábado, 1 de junho de 2013

A literatura nas aulas de Matemática


Ao utilizar livros, os professores podem provocar pensamentos matemáticos por intermédio de questionamentos ao longo da leitura, ao mesmo tempo em que o aluno se envolve com a história. Assim, a literatura pode ser usada como um estímulo para ouvir, ler, pensar e escrever sobre matemática. Para iniciar o trabalho, é importante, em primeiro lugar, que o professor goste de ler e tenha em mãos os livros com os quais queira trabalhar para que possa conhecer a história, visualizar as gravuras, que, muitas vezes, sugerem a exploração de um ou mais temas, e também para que possa elaborar atividades que sejam adequadas à classe com a qual está trabalhando. Em segundo lugar, é fundamental que os alunos conheçam a história e se interessem por ela. Para isso, o professor pode recorrer inicialmente aos mesmos recursos que utiliza ao trabalhar as histórias nas aulas de língua materna e é até interessante que faça assim para que as atividades surjam naturalmente como uma extensão do que os alunos estão acostumados a fazer com textos. Para desenvolver uma atividade com literatura e matemática, não há necessidade de um livro para cada aluno, pois a classe pode ouvir a história ou lê-la em duplas ou grupos. Após os alunos terem lido ou escutado a história, eles podem expressar o que perceberam, usando recursos como: cartazes, murais, álbum seriado, dramatização ou então, por meio de diferentes formatos escritos como: anúncios ou artigos de jornal ou mesmo pequenos textos que mostrem ideias apresentadas no livro. A matemática pode aparecer relacionada ao próprio texto, enredo do livro ou estar implícita a ele, e necessitar de algumas problematizações para ser percebida pelos alunos. Em ambos os casos, é preciso deixar claro que uma mesma história deve ser lida e relida entre uma atividade e outra, para que os alunos possam perceber todas as suas características e, por isso,um mesmo texto pode ser utilizado em diferentes momentos do ano. Ao usar o livro, pode-se ir propondo questões de forma a tornar o trabalho mais dinâmico: O que será que vem agora? Como será o final? Quais as diferenças e semelhanças?
Seja qual for a forma pela qual se leve a literatura para as aulas de matemática, é bom lembrarmos que a impressão fundamental da história não deve ser distorcida por uma ênfase indevida em um aspecto matemático, entre esta página e a anterior. Também podem ser feitas modificações em determinados trechos do livro e até outros finais para a história. O professor deve também ficar atento sobre problematizações relativas a alguma página ou figura do livro que possa fazer ao longo da própria leitura. Desta forma, inicia-se a exploração matemática pelo que o próprio texto sugere e, durante os primeiros contatos dos alunos com a obra, o professor seleciona os aspectos matemáticos que deseja enfatizar para atender aos seus objetivos. Muitos livros trazem a matemática relacionada ao próprio texto, outros servirão para relacionar a matemática com outras áreas do currículo; há aqueles que envolvem determinadas habilidades matemáticas que se deseja desenvolver, e outros, ainda, providenciam uma motivação para o uso de materiais didáticos. Um livro, às vezes, sugere uma variedade de atividades que podem guiar os alunos para os tópicos matemáticos e habilidades além daquelas mencionadas no texto. Isto significa que “garimpando” nas entrelinhas, podemos propor  problemas utilizando as ideias aí implícitas.

Seja qual for a forma pela qual se leve a literatura para as aulas de matemática, é bom lembrarmos que a impressão fundamental da história não deve ser distorcida por uma ênfase indevida em um aspecto matemático.

Vale a pena tentar!!!

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